quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Histórico da SAF


TRABALHO FEMININO da Igreja Presbiteriana do Brasil



BREVE HISTÓRICO

A Igreja Presbiteriana chegou ao Brasil em 1859 com o jovem missionário americano Ashbel Green Simonton e, desde então, encontramos pequenos grupos de mulheres presbiterianas, surgindo cá e lá, para auxiliar no trabalho de cada congregação que ia sendo implantada. A Igreja crescia e se organizava. Ao mesmo tempo, também o trabalho feminino crescia e não demorou muito a organização em Sociedades Femininas, assim denominadas, ou funcionando sob outro título, mas sempre com o desejo de auxiliar cada igreja, cada congregação, consciente de seu papel como parte do Corpo de Cristo.
1ª SAF – A primeira Sociedade Feminina da qual se tem notícia e documentos comprobatórios é a do Recife, PE, criada em 11 de novembro de 1884, com o nome de “Associação Evangélica de Senhoras”, e tendo por finalidade realizar estudos bíblicos e arrecadar fundos para auxiliar os necessitados e a Igreja. Sua primeira Presidente foi a Sra Carolina Smith.
2ª SAF – Surgiu logo a seguir, em Rio Claro, SP, no dia 08 de janeiro de 1885. Sua 1ª Presidente foi Eulália da Gama.
Após estas, muitas outras foram sendo organizadas e, hoje, temos as SAFs em todos os rincões de nosso imenso Brasil.
Criação de Departamentos (grupos em que se divide a SAF)
Em 1920, a SAF da Igreja Presbiteriana de Lavras, Sul de Minas, implantou este tipo de atividade. Os departamentos criados foram em número de quatro. Receberam os nomes: Presbitério, Sínodo, Assembléia e Missões. Esses títulos funcionavam em rodízio anual, com o objetivo de instruir todas as senhoras quanto à existência, organização e função de cada trabalho representado pelo respectivo título.
1ª Federação (congregando as SAFs de um Presbitério)
Foi organizada em 24/ 05/ 1921, no Presbitério Sul de Minas, tendo sido, na época, denominada “Confederação de Senhoras”. Esta 1ª Federação era composta de 12 SAFs.
2ª Federação
Surgiu no ano de 1924 - Federação de SAFs do Presbitério de Pernambuco
3ª Federação
1925 – Federação Sul de Pernambuco, que resultou do desdobramento da anterior. Sua 1ª Presidente foi Cecília Rodrigues Siqueira.
Primeiros passos para a expansão a nível nacional
1926 – Neste ano, uma comissão de 100 mulheres compareceu à Assembléia Geral (como era chamado, na época, o Supremo Concílio) reunida em São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, para pedir a criação de Federações em todos os Presbitérios. Isto somente vai acontecer de fato em 1928, ocasião em que D. Amélia Kerr Nogueira pronunciou convincente discurso perante a Assembléia, então reunida em Campinas, SP.
Criação dos Círculos Conferenciais e comemoração do Dia Mundial de Oração - Em 1926, a Federação Sul de Minas introduziu estas duas novidades no trabalho feminino; ambas deram tão bons resultados que continuam até hoje, mas tendo sido alterados seus nomes para “Círculos” e “Dia de Oração das SAFs do Brasil” (acontece, anualmente, na 1ª sexta-feira do mês de março).
1º Secretário Geral
Em 1928 – Rev Jorge Goulart, nomeado na reunião da Assembléia Geral da Igreja, realizada em Campinas, SP
4ª Federação
Em 1928 – foi criada a Federação de SAFs do Presbitério de Minas
5ª Federação
Em 1929 – Federação de SAFs do Presbitério Oeste de São Paulo
6ª Federação
Em 1930 – Federação de SAFs do Presbitério Leste de Minas, exercendo a 1ª presidência Dª Cecília Rodrigues Siqueira, que trouxe consigo a experiência do trabalho realizado em Pernambuco.
E outras Federações foram sendo organizadas por todo o país, unindo as SAFs em cada Presbitério.
1ª Secretária Executiva do Trabalho Feminino
1932/ 1936 – Genevieve Marchant, eleita na reunião da Assembléia Geral da Igreja, realizada em Alto Jequitibá, MG. Para orientá-la foi nomeada uma Comissão Permanente, que solicitou dos Presbitérios, onde ainda não havia Federação, a indicação de uma senhora da SAF local para manter correspondência com a Secretária Executiva e fazer o possível para as SAFs se organizarem em Federação, a fim de facilitar a difusão dos programas, das notícias do trabalho e das orientações gerais.

1ª Secretária Geral

1936 / 1938 – Blanche Eunice Gomes Lício
Eleita na Assembléia Geral reunida em Caxambu, MG

Manual do Trabalho Feminino
O Primeiro Manual começou a ser preparado em 1935 pela Comissão Permanente, mas só foi publicado pela Casa Editora Presbiteriana em 1937. Em todo o Brasil, o trabalho feminino foi uniformizado. Hoje é adotado o Manual Unificado das Sociedades Internas, que dá esta unidade de funcionamento a todas as sociedades internas da IPB.
2ª Secretária Geral
1938 / 1954 - Cecília Rodrigues Siqueira, que substituiu Dª Blanche, então com sua saúde muito abalada. Dª Cecília permaneceu no cargo por 15 anos. Na sua gestão foram organizadas as Confederações Sinodais.
1º Congresso Nacional de SAF's
1941 – Ano da realização do 1º Congresso Nacional das Mulheres Presbiterianas, na Igreja Presbiteriana do Riachuelo, cidade do Rio de Janeiro. Neste 1º Congresso foi solicitado que fosse mudado o nome das organizações locais de “Sociedade de Senhoras” para “Sociedade Auxiliadora Feminina”, a fim de incentivar o ingresso de moças, que com sua juventude e dinamismo muito contribuíram para o crescimento do trabalho. Foi também aprovada a resolução de adotar como Dia da Mulher Presbiteriana o segundo domingo de fevereiro, em homenagem ao aniversário natalício de D. Cecília Siqueira.
Organização das Confederações Sinodais (congregando as Federações dos Presbitérios nos limites de um Sínodo)
Segundo o Rev. Júlio de Andrade Ferreira, em seu livro “A História da Igreja Presbiteriana do Brasil”, o ano de 1945 foi o ano da organização das primeiras Confederações Sinodais. A pioneira surgiu em Recife, a 21 de janeiro, no Sínodo Setentrional (abrangendo, na época, a região nordeste e a região norte); e, logo depois, no mesmo ano, nasceu a do Sínodo Minas Espírito Santo, a 23 de junho, em Governador Valadares.
Com o passar dos anos, em todos os Sínodos, as Confederações Sinodais foram sendo organizadas.
2º Congresso Nacional
De 14 a 18/02/1954 – no Colégio Bennet, no Rio de Janeiro
3ª Secretária Geral
1954 / 1962 – Nady Werner
Realizações neste período: o fortalecimento das organizações existentes; a criação dos primeiros Cursos de Treinamento; o nascimento da SAF em REVISTA (1955), que, até hoje, é a publicação oficial do Trabalho Feminino/ IPB.
3º Congresso Nacional
1958 – realizado no Colégio 2 de Julho, em Salvador, BA
Realizações: organização da Confederação Nacional; mudança do Lema “Amar e Servir” (1º lema da SAF) para “Sê Tu uma Bênção” (que permanece até hoje).
1ª Diretoria da Confederação Nacional (eleita neste 3º Congresso Nacional)
1958 / 1962
Presidente: Blanche Gomes Lício
Vice Presidente: Acidália Gripp
Secretária: Ana Monteiro
Tesoureira: Eurídice Lima

Congresso Unido
1959 – Neste ano, por ocasião das comemorações do Centenário da Igreja Presbiteriana do Brasil, reuniu-se em Campinas, SP, no Seminário Teológico Presbiteriano, o Congresso Nacional das SAFs, em conjunto com o Trabalho Feminino da Igreja Presbiteriana Independente. O Congresso ficou conhecido com o nome de 1º Congresso Unido.
O 4º Congresso Nacional, aconteceu em 1962, no Instituto Mackenzie, cidade de São Paulo. E, de quatro em quatro anos, vêm acontecendo os Congressos Nacionais com novas diretorias sendo eleitas e empossadas, todas dando continuidade ao trabalho das SAFs de todo o país.

As nossas Presidentes Nacionais, ao longo dessa história, até hoje:

1958/ 1962 – Blanche Gomes Lício
1962/ 1970 (dois quadriênios) – Nympha Protásio de Almeida
1970/ 1978 (dois quadriênios) – Wilma Jerusa Pimentel Motta
1978/ 1982 – Célia Goulart de Freitas Tavares
1982/ 1886 – Célia de Ávila Cruz
1986/ 1990 – Eunice Souza da Silva
1990/ 1994 - Niracy Henrique Bueno
1994/ 1998 - Mirthes Silva
1998/ 2006 (dois quadriênios) - Leontina Dutra da Rocha

Temas orientando o trabalho nos Quadriênios:
1978/ 1982 – Jesus Cristo é o Senhor - 1 Co 8.6
1982/ 1986 – Submissão ao Senhor Jesus – Lc 1.38
1986/ 1990 – O teu Deus, onde está? - Sl 42.3
1990/ 1994 – Hoje, o tempo oportuno - 2Co 6.2
1994/ 1998 – Louvor que renova – Sl 103.1-10
1998/ 2002 – Santidade ao Senhor – Ex 28. 36b
2002/ 2006 – Santidade: Unidade e Paz - Ef 4.1-6

Nossos Secretários Gerais:

1928/ 1931- Rev Jorge Goulart
1932/ 1936 - Genoveva Marchant
1936/ 1938 - Blanche Gomes Lício
1938/ 1954 (por mais de quinze anos) - Cecília Rodrigues Siqueira
1954/ 1962 (dois quadriênios) - Nady Werner
1962/ 1970 (dois quadriênios)– Edith Maia
1970/ 1978 (dois quadriênios) – Celly Morais Garcia
1978/ 1986 ( dois quadriênios) – Edna Costa
1986/ 1994 (dois quadriênios) – Josélia Cunha Carvalho
1994/ 2002 (dois quadriênios) – Eunice Souza da Silva
2002/ 2006 - Onilda Portella Chaves Peixoto

Museu do Trabalho Feminino

Instalado em 08/10/1998, na cidade de Campinas, junto ao Museu da Igreja Presbiteriana do Brasil, numa dependência do Seminário Teológico Presbiteriano do Sul, tendo ficado como responsável mais próxima pelo acervo da SAF, a Sra Alzira Ferreira, que reside em Campinas e foi quem, primeiramente, teve a iniciativa de ir colecionando e guardando todo material que conta a História do Trabalho Feminino. Em setembro de 2001, o museu recebeu o nome de “Museu do Trabalho Feminino Alzira Helena Vallim Ferreira”

Dia Nacional da SAF
Na última reunião do Supremo Concílio, realizada de 14 a 21/ julho/ 2002, na cidade do Rio de Janeiro, ficou determinado como Dia Nacional da SAF o dia 11 de novembro, por ser a data da criação da 1ª SAF, em 1884, na cidade de Recife.

SÍMBOLOS DO TRABALHO FEMININO:

Moto da SAF

“Sejamos verdadeiras auxiliadoras, Irrepreensíveis na conduta, Incansáveis na luta, Firmes na fé, Vitoriosas por Cristo Jesus.”
- extraído do final da tese “A Mulher Presbiteriana como Embaixatriz do Reino de Deus”, apresentada por D. Maria Pereira Alves, em 1949, no Congresso da Confederação Sinodal Central (com a modificação de “embaixatrizes” para “auxiliadoras”).

Lema da SAF
“Sê tu uma bênção” (Gn 12.2)
Hino do Trabalho Feminino
“Aspiração Feminina” – Nº 325 do Hinário Novo Cântico

Logomarca do Trabalho Feminino/ IPB

Um emblema verde e cinza com o símbolo da IPB, circundado pelo nome daSociedade.
Este emblema está presente em documentos e nas bandeiras das SAFs, Federações, Sinodais e Confederação Nacional



O trabalho em SAFs abrange, hoje, todo o nosso país, realizando o sonho tão bem expresso no hino “Do vasto Mato Grosso, até o Ceará, por vilas e cidades do Sul ao Grão Pará, ... do Sul ao Amazonas, do Oeste até ao mar”. Damos graças a Deus pelo abençoado crescimento e fortalecimento do Trabalho Feminino, unindo as mulheres presbiterianas de norte a sul, de leste a oeste, no grandioso ideal de servir e auxiliar toda a Igreja, que é o Corpo de Cristo.
O que dizer do futuro? Podemos aproveitar as palavras do apóstolo Paulo: “Estou plenamente certo de que aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6). A Ele seja toda a Glória, agora e por todo o sempre!

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Fonte de Pesquisa:

Manual das Sociedades Auxiliadoras Femininas, Casa Editora Presbiteriana, 1959
Trabalho Feminino / Manual, Casa Editora Presbiteriana, 1980
Manual do Trabalho Feminino, Casa Editora Presbiteriana, 1986
Manual Unificado das Sociedades Internas, Editora Cultura Cristã, 2002
História da Igreja Presbiteriana do Brasil, Júlio Andrade Ferreira, Casa Editora Presbiteriana, 1960

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