TRABALHO FEMININO da Igreja Presbiteriana
do Brasil
BREVE HISTÓRICO
A Igreja Presbiteriana chegou ao Brasil em
1859 com o jovem missionário americano Ashbel Green Simonton e, desde então,
encontramos pequenos grupos de mulheres presbiterianas, surgindo cá e lá, para
auxiliar no trabalho de cada congregação que ia sendo implantada. A Igreja
crescia e se organizava. Ao mesmo tempo, também o trabalho feminino crescia e
não demorou muito a organização em Sociedades Femininas, assim denominadas, ou
funcionando sob outro título, mas sempre com o desejo de auxiliar cada igreja,
cada congregação, consciente de seu papel como parte do Corpo de Cristo.
1ª SAF – A primeira Sociedade Feminina da
qual se tem notícia e documentos comprobatórios é a do Recife, PE, criada em 11
de novembro de 1884, com o nome de “Associação Evangélica de Senhoras”, e tendo
por finalidade realizar estudos bíblicos e arrecadar fundos para auxiliar os
necessitados e a Igreja. Sua primeira Presidente foi a Sra Carolina Smith.
2ª SAF – Surgiu logo a seguir, em Rio
Claro, SP, no dia 08 de janeiro de 1885. Sua 1ª Presidente foi Eulália da Gama.
Após estas, muitas outras foram sendo
organizadas e, hoje, temos as SAFs em todos os rincões de nosso imenso Brasil.
Criação de Departamentos (grupos em que se
divide a SAF)
Em 1920, a SAF da Igreja Presbiteriana de
Lavras, Sul de Minas, implantou este tipo de atividade. Os departamentos
criados foram em número de quatro. Receberam os nomes: Presbitério, Sínodo,
Assembléia e Missões. Esses títulos funcionavam em rodízio anual, com o
objetivo de instruir todas as senhoras quanto à existência, organização e
função de cada trabalho representado pelo respectivo título.
1ª Federação (congregando as SAFs de um
Presbitério)
Foi organizada em 24/ 05/ 1921, no
Presbitério Sul de Minas, tendo sido, na época, denominada “Confederação de
Senhoras”. Esta 1ª Federação era composta de 12 SAFs.
2ª Federação
Surgiu no ano de 1924 - Federação de SAFs
do Presbitério de Pernambuco
3ª Federação
1925 – Federação Sul de Pernambuco, que
resultou do desdobramento da anterior. Sua 1ª Presidente foi Cecília Rodrigues
Siqueira.
Primeiros passos para a expansão a nível
nacional
1926 – Neste ano, uma comissão de 100
mulheres compareceu à Assembléia Geral (como era chamado, na época, o Supremo
Concílio) reunida em São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, para pedir a
criação de Federações em todos os Presbitérios. Isto somente vai acontecer de
fato em 1928, ocasião em que D. Amélia Kerr Nogueira pronunciou convincente
discurso perante a Assembléia, então reunida em Campinas, SP.
Criação dos Círculos Conferenciais e
comemoração do Dia Mundial de Oração - Em 1926, a Federação Sul de Minas
introduziu estas duas novidades no trabalho feminino; ambas deram tão bons
resultados que continuam até hoje, mas tendo sido alterados seus nomes para
“Círculos” e “Dia de Oração das SAFs do Brasil” (acontece, anualmente, na 1ª
sexta-feira do mês de março).
1º Secretário Geral
Em 1928 – Rev Jorge Goulart, nomeado na
reunião da Assembléia Geral da Igreja, realizada em Campinas, SP
4ª Federação
Em 1928 – foi criada a Federação de SAFs do
Presbitério de Minas
5ª Federação
Em 1929 – Federação de SAFs do Presbitério
Oeste de São Paulo
6ª Federação
Em 1930 – Federação de SAFs do Presbitério
Leste de Minas, exercendo a 1ª presidência Dª Cecília Rodrigues Siqueira, que
trouxe consigo a experiência do trabalho realizado em Pernambuco.
E outras Federações foram sendo organizadas
por todo o país, unindo as SAFs em cada Presbitério.
1ª Secretária Executiva do Trabalho
Feminino
1932/ 1936 – Genevieve Marchant, eleita na
reunião da Assembléia Geral da Igreja, realizada em Alto Jequitibá, MG. Para
orientá-la foi nomeada uma Comissão Permanente, que solicitou dos Presbitérios,
onde ainda não havia Federação, a indicação de uma senhora da SAF local para
manter correspondência com a Secretária Executiva e fazer o possível para as
SAFs se organizarem em Federação, a fim de facilitar a difusão dos programas,
das notícias do trabalho e das orientações gerais.
1ª Secretária Geral
1936 / 1938 – Blanche Eunice Gomes Lício
Eleita na Assembléia Geral reunida em
Caxambu, MG
Manual do Trabalho Feminino
O Primeiro Manual começou a ser preparado
em 1935 pela Comissão Permanente, mas só foi publicado pela Casa Editora
Presbiteriana em 1937. Em todo o Brasil, o trabalho feminino foi uniformizado.
Hoje é adotado o Manual Unificado das Sociedades Internas, que dá esta unidade
de funcionamento a todas as sociedades internas da IPB.
2ª Secretária Geral
1938 / 1954 - Cecília Rodrigues Siqueira,
que substituiu Dª Blanche, então com sua saúde muito abalada. Dª Cecília
permaneceu no cargo por 15 anos. Na sua gestão foram organizadas as
Confederações Sinodais.
1º Congresso Nacional de SAF's
1941 – Ano da realização do 1º Congresso
Nacional das Mulheres Presbiterianas, na Igreja Presbiteriana do Riachuelo,
cidade do Rio de Janeiro. Neste 1º Congresso foi solicitado que fosse mudado o
nome das organizações locais de “Sociedade de Senhoras” para “Sociedade
Auxiliadora Feminina”, a fim de incentivar o ingresso de moças, que com sua
juventude e dinamismo muito contribuíram para o crescimento do trabalho. Foi
também aprovada a resolução de adotar como Dia da Mulher Presbiteriana o
segundo domingo de fevereiro, em homenagem ao aniversário natalício de D.
Cecília Siqueira.
Organização das Confederações Sinodais
(congregando as Federações dos Presbitérios nos limites de um Sínodo)
Segundo o Rev. Júlio de Andrade Ferreira,
em seu livro “A História da Igreja Presbiteriana do Brasil”, o ano de 1945 foi
o ano da organização das primeiras Confederações Sinodais. A pioneira surgiu em
Recife, a 21 de janeiro, no Sínodo Setentrional (abrangendo, na época, a região
nordeste e a região norte); e, logo depois, no mesmo ano, nasceu a do Sínodo
Minas Espírito Santo, a 23 de junho, em Governador Valadares.
Com o passar dos anos, em todos os Sínodos,
as Confederações Sinodais foram sendo organizadas.
2º Congresso Nacional
De 14 a 18/02/1954 – no Colégio Bennet, no
Rio de Janeiro
3ª Secretária Geral
1954 / 1962 – Nady Werner
Realizações neste período: o fortalecimento
das organizações existentes; a criação dos primeiros Cursos de Treinamento; o
nascimento da SAF em REVISTA (1955), que, até hoje, é a publicação oficial do
Trabalho Feminino/ IPB.
3º Congresso Nacional
1958 – realizado no Colégio 2 de Julho, em
Salvador, BA
Realizações: organização da Confederação
Nacional; mudança do Lema “Amar e Servir” (1º lema da SAF) para “Sê Tu uma
Bênção” (que permanece até hoje).
1ª Diretoria da Confederação Nacional
(eleita neste 3º Congresso Nacional)
1958 / 1962
Presidente: Blanche Gomes Lício
Vice Presidente: Acidália Gripp
Secretária: Ana Monteiro
Tesoureira: Eurídice Lima
Congresso Unido
1959 – Neste ano, por ocasião das
comemorações do Centenário da Igreja Presbiteriana do Brasil, reuniu-se em Campinas,
SP, no Seminário Teológico Presbiteriano, o Congresso Nacional das SAFs, em
conjunto com o Trabalho Feminino da Igreja Presbiteriana Independente. O
Congresso ficou conhecido com o nome de 1º Congresso Unido.
O 4º Congresso Nacional, aconteceu em 1962,
no Instituto Mackenzie, cidade de São Paulo. E, de quatro em quatro anos, vêm
acontecendo os Congressos Nacionais com novas diretorias sendo eleitas e
empossadas, todas dando continuidade ao trabalho das SAFs de todo o país.
As nossas Presidentes Nacionais, ao longo
dessa história, até hoje:
1958/ 1962 – Blanche Gomes Lício
1962/ 1970 (dois quadriênios) – Nympha
Protásio de Almeida
1970/ 1978 (dois quadriênios) – Wilma
Jerusa Pimentel Motta
1978/ 1982 – Célia Goulart de Freitas
Tavares
1982/ 1886 – Célia de Ávila Cruz
1986/ 1990 – Eunice Souza da Silva
1990/ 1994 - Niracy Henrique Bueno
1994/ 1998 - Mirthes Silva
1998/ 2006 (dois quadriênios) - Leontina
Dutra da Rocha
Temas orientando o trabalho nos
Quadriênios:
1978/ 1982 – Jesus Cristo é o Senhor - 1 Co
8.6
1982/ 1986 – Submissão ao Senhor Jesus – Lc
1.38
1986/ 1990 – O teu Deus, onde está? - Sl
42.3
1990/ 1994 – Hoje, o tempo oportuno - 2Co
6.2
1994/ 1998 – Louvor que renova – Sl
103.1-10
1998/ 2002 – Santidade ao Senhor – Ex 28.
36b
2002/ 2006 – Santidade: Unidade e Paz - Ef
4.1-6
Nossos Secretários Gerais:
1928/ 1931- Rev Jorge Goulart
1932/ 1936 - Genoveva Marchant
1936/ 1938 - Blanche Gomes Lício
1938/ 1954 (por mais de quinze anos) -
Cecília Rodrigues Siqueira
1954/ 1962 (dois quadriênios) - Nady Werner
1962/ 1970 (dois quadriênios)– Edith Maia
1970/ 1978 (dois quadriênios) – Celly
Morais Garcia
1978/ 1986 ( dois quadriênios) – Edna Costa
1986/ 1994 (dois quadriênios) – Josélia
Cunha Carvalho
1994/ 2002 (dois quadriênios) – Eunice
Souza da Silva
2002/ 2006 - Onilda Portella Chaves Peixoto
Museu do Trabalho Feminino
Instalado em 08/10/1998, na cidade de
Campinas, junto ao Museu da Igreja Presbiteriana do Brasil, numa dependência do
Seminário Teológico Presbiteriano do Sul, tendo ficado como responsável mais
próxima pelo acervo da SAF, a Sra Alzira Ferreira, que reside em Campinas e foi
quem, primeiramente, teve a iniciativa de ir colecionando e guardando todo
material que conta a História do Trabalho Feminino. Em setembro de 2001, o
museu recebeu o nome de “Museu do Trabalho Feminino Alzira Helena Vallim
Ferreira”
Dia Nacional da SAF
Na última reunião do Supremo Concílio,
realizada de 14 a 21/ julho/ 2002, na cidade do Rio de Janeiro, ficou
determinado como Dia Nacional da SAF o dia 11 de novembro, por ser a data da
criação da 1ª SAF, em 1884, na cidade de Recife.
SÍMBOLOS DO TRABALHO FEMININO:
Moto da SAF
“Sejamos verdadeiras auxiliadoras,
Irrepreensíveis na conduta, Incansáveis na luta, Firmes na fé, Vitoriosas por
Cristo Jesus.”
- extraído do final da tese “A Mulher
Presbiteriana como Embaixatriz do Reino de Deus”, apresentada por D. Maria
Pereira Alves, em 1949, no Congresso da Confederação Sinodal Central (com a
modificação de “embaixatrizes” para “auxiliadoras”).
Lema da SAF
“Sê tu uma bênção” (Gn 12.2)
Hino do Trabalho Feminino
“Aspiração Feminina” – Nº 325 do Hinário
Novo Cântico
Logomarca do Trabalho Feminino/ IPB
Um emblema verde e cinza com o símbolo da IPB, circundado pelo nome daSociedade.
Este emblema está presente em documentos e nas bandeiras das SAFs, Federações, Sinodais e Confederação Nacional
O trabalho em SAFs abrange, hoje, todo o
nosso país, realizando o sonho tão bem expresso no hino “Do vasto Mato Grosso,
até o Ceará, por vilas e cidades do Sul ao Grão Pará, ... do Sul ao Amazonas,
do Oeste até ao mar”. Damos graças a Deus pelo abençoado crescimento e
fortalecimento do Trabalho Feminino, unindo as mulheres presbiterianas de norte
a sul, de leste a oeste, no grandioso ideal de servir e auxiliar toda a Igreja,
que é o Corpo de Cristo.
O que dizer do futuro? Podemos aproveitar
as palavras do apóstolo Paulo: “Estou plenamente certo de que aquele que
começou a boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp
1.6). A Ele seja toda a Glória, agora e por todo o sempre!
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Fonte de Pesquisa:
Manual das Sociedades Auxiliadoras
Femininas, Casa Editora Presbiteriana, 1959
Trabalho Feminino / Manual, Casa Editora
Presbiteriana, 1980
Manual do Trabalho Feminino, Casa Editora
Presbiteriana, 1986
Manual Unificado das Sociedades Internas,
Editora Cultura Cristã, 2002
História da Igreja Presbiteriana do Brasil,
Júlio Andrade Ferreira, Casa Editora Presbiteriana, 1960
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